A resposta do estresse ou resposta de luta e fuga é um conjunto de alterações fisiológicas que ocorrem no nosso organismo frente a um estímulo estressor.
A partir da década de 50, o pesquisador austríaco Hans Seyle, descreveu a chamada síndrome de adaptação geral que é divida em 3 fases: Alarme, Resistencia e Exaustão.
Fase de Alarme
A fase de alarme é a fase do estresse agudo, onde o sistema nervoso capta o estímulo estressor (por exemplo: dor, e há a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal.
O hipotálamo secreta o hormônio CRF, que estimula a hipófise a liberar ACTH e vasopressina. O ACTH estimula a suprarrenal a liberar o cortisol, popularmente conhecido como o hormônio do estresse.
O sistema simpático (sistema nervoso autonômico) é ativado, com liberação de Adrenalina e Noradrenalina. Isso tudo faz com que o organismo aumente os níveis de pressão arterial, aumente a frequência cardíaca e respiratória, aumente a atenção e o foco, iniba a dor e aumente o metabolismo.
Com a resistência deste estímulo estressor inicial o corpo reage e se adapta, entrando na segunda fase.
Fase de Resistencia
A fase de resistência corresponde ao estresse crônico, onde o individuo permanece a secretar hormônios vinculados ao estresse.
Nesta fase, o paciente pode apresentar sintomas como sensação de fraqueza e falta de energia, tremores, tensões ou dores musculares, inquietação, irritabilidade, falta de ar, palpitações, sudorese, boca seca, tontura, náuseas e vômitos, déficit de atenção e memoria, insônia e impaciência. Se esta fase permanecer por muito tempo, o individuo pode evoluir para a terceira fase.
Fase de Exaustão
Nesta fase o organismo já apresenta doenças instaladas e mais avançadas.
Os pacientes podem desenvolver doenças cardiovasculares, problemas gástricos, doenças reumatologias, lesões de pele, insônia, depressão, apatia, burnout etc.
O estresse faz parte da vida do ser humano, porém o aumento da intensidade, da pressão e da duração, associado a diminuição do tempo de lazer e repouso faz com que cada vez mais pessoas sofram com suas consequências. Assim, é importante avaliar todo o contexto de vida dos pacientes, uma vez que o ritmo de vida moderno acaba sendo a principal fonte de pressão e estresse.
O que no passado remoto era visto como um mecanismo de luta e fuga frente a um leão (predador=ameaça), hoje estamos constantemente em sinal de alerta, “matando um leão a cada dia”.
O uso da medicina integrativa é de fundamental importância no tratamento do estresse crônico, uma vez que a sua abordagem cuida do paciente como um todo, traz de volta o equilíbrio e o relaxamento e auxilia na prevenção de novos episódios ou da evolução das fases.
Falaremos nos próximos posts sobre a Resposta de Relaxamento, descrita pelo médico de Harvard, Hebert Benson, que é a reação oposta a Resposta ao Estresse, que está presente nas técnicas mente e corpo da Medicina Integrativa.