Março foi o mês escolhido para conscientizar e chamar atenção para uma causa tão impactante na vida das mulheres: a endometriose. No Brasil, estima-se que 1 em cada 10 mulheres sofra com esse transtorno que, além de causar muita dor, pode impactar negativamente a vida de muitas mulheres, afetando a vida pessoal, os relacionamentos e o ambiente de trabalho, chegando a ser a causa de até 50% dos casos de infertilidade em mulheres.
O que é a Endometriose?
A cada mês, células do endométrio (tecido que reveste o útero internamente) aumentam e descamam, causando a menstruação. É algo natural do corpo feminino, que se prepara todos os meses para uma possível gestação. Porém, em algumas mulheres, essas células se multiplicam em vários outros lugares do corpo, tais como intestinos, rins e bexiga, trompas, entre outros, e criam aderências entre os órgãos. Esses focos fora do útero também aumentam e descamam, o que causa muita dor e aderem (grudam) em outros órgãos, são as lesões sangrantes. Porém há focos fora do útero que não se proliferam e nem sangram, são as lesões não sangrantes. A endometriose é considerada uma doença inflamatória crônica e precisa de acompanhamento e controle.
Qual a causa da Endometriose?
Na medicina ocidental, não existe um consenso sobre a causa da endometriose. O que se sabe é que pode ser multifatorial: genética, epigenética (influência do ambiente), hábitos de vida ruins, doenças autoimunes e alterações hormonais.
O olhar da medicina vitalista e integrativa considera que a endometriose pode ser causada por diversos fatores, como dieta inadequada, sedentarismo, excesso de trabalho, excesso de controle, dificuldade na gestão das emoções, problemas relacionados ao sono, desequilíbrio do yin e yang e estagnações. Além disso, a endometriose é uma doença imunodependente do estrogênio, e o desequilíbrio desse hormônio é uma das causas da proliferação dos focos em órgãos internos. Existem mais de 15 mil substâncias presentes em maquiagens, inseticidas, produtos de limpeza e até mesmo na água que são conhecidas como disruptores endócrinos, que desequilibram os hormônios do organismo e afetam diretamente ou indiretamente os hormônios femininos. Por isso, portadoras de endometriose precisam conhecer e ter cuidado redobrado com esses produtos.
Quais são os sintomas?
Estima-se que cerca de 20% das mulheres com endometriose sejam assintomáticas. Muitas mulheres só descobrem quando estão se preparando para engravidar ou em exames de rotina, por isso é importante manter os exames sempre atualizados. Porém, uma característica muito comum é a dor: cólicas menstruais incapacitantes, menstruação abundante, dores lombares, fadiga, coágulos menstruais, dor na relação sexual, aderências e obstrução nas trompas, entre outros sintomas as menos comuns.
Tratamento:
O tratamento convencional é feito através de hormônios, suspensão do ciclo menstrual – o que não trata, apenas suspende o fator que está causando sofrimento –recomendações de mudança de hábitos e em alguns casos a cirurgia para retirada dos focos de endometriose.
A medicina natural oferece uma variedade de terapias que complementam o tratamento médico, tais como aromaterapia, acupuntura, florais de Bach, dietoterapia e fitoterapia. Com base nas medicinas naturais, é possível oferecer à mulher portadora da endometriose mais qualidade de vida e bem-estar, atuando de maneira integrativa e complementar para melhorar a dor e do estado emocional e incorporar um estilo de vida mais saudável de acordo com a necessidade e recursos de cada paciente.