O que é?

O termo Medicina de Estilo de Vida, do inglês “Lifestyle Medicine”, se refere a uma prática clínica multiprofissional, que visa a promoção e manutenção de hábitos de vida saudáveis e consequente prevenção das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), principalmente doenças cardiovasculares, como Hipertensão Arterial (Pressão alta), Infarto, Derrame, Diabetes, doença pulmonar crônica (DPOC) e diferentes tipos de câncer.

Dentre outras definições, a do Colégio Americano de Medicina de Estilo de Vida (American College of Lifestyle Medicine) define a prática como: “É o uso terapêutico de intervenções de estilo de vida baseadas em evidências para tratar e prevenir doenças relacionadas ao estilo de vida em um cenário clínico. Por meio dela, se capacita os indivíduos com o conhecimento e as habilidades de vida para fazerem mudanças de comportamento eficazes, que abordem as causas da doença.”

Ela possui seis pilares em sua abordagem: boa qualidade do sono, alimentação saudável baseada em plantas, prática de atividades física, boas relações interpessoais, não uso abusivo de bebidas alcoólicas, tabaco e outras drogas e gerenciamento adequado do estresse. Intervindo nesses seis âmbitos da vida e melhorando eles é possível obter ótimos resultados na qualidade de vida.

Qual a importância dessa prática?

Estima-se que até 80% das doenças cardíacas, AVC/Derrames, diabetes tipo 2 e mais de um terço dos casos de câncer poderiam ser evitados se eliminados os quatro seguintes fatores de risco: uso de tabaco, sedentarismo, alimentação não saudável e uso nocivo de álcool.

Comportamentos e estilo de vida não saudáveis estão entre os principais fatores de risco para morte precoce ou incapacidade crônica. Mundialmente, as Doenças Crônicas não transmissíveis são causa de 63% de todas as mortes e a previsão é que em 2030 representem 52 milhões de mortes anuais em todo o mundo.

Considerando os seis pilares da Medicina do Estilo de Vida (não fumar, manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas e não consumir álcool em excesso, manter boas noites de sono, obter um bom gerenciamento do estresse e boas relações interpessoais), quanto mais hábitos saudáveis adotar, maior é a redução do risco de doenças cardíacas. Adultos que aos 50 anos de idade apresentam menos de dois fatores de risco, possuem aumento de 10 anos na expectativa média de vida.

A mudança de estilo de vida com a adoção de hábitos saudáveis aumenta a expectativa de vida em 6-10 anos, além da qualidade de vida, e ainda é capaz de reprogramar a expressão de genes relacionados ao desenvolvimento das DCNTs, incluindo alguns tipos de câncer, tais como o de próstata e o de mama.

Assim, a Medicina de Estilo de Vida, a partir de uma abordagem multiprofissional, empodera os pacientes a adotarem um estilo de vida saudável, promovendo longevidade e maior qualidade de vida, representando a base para a promoção de saúde e bem-estar.

Se desejar saber mais informações, entre em contato conosco!