O Yin Yoga é uma vertente muito recente do Yoga, datando de cinquenta anos atrás.
Seu fundador, Paulie Zink, é um americano mestre em artes marciais e Yoga Taoísta. Ele pratica alternando posturas de artes marciais (Yang) e de alongamentos longos e precisos (Yin).
Um de seus alunos, Paul Crilley, inspirado na prática de Zink, se concentrou unicamente na parte Yin, conectando, com a filosofia Taoísta, os asanas e os meridianos.
Diferente das práticas ditas Yang, ou seja, ativas, visando os músculos, sua ação, fortalecimento e engajamento através do movimento, o Yin Yoga é uma prática lenta, meditativa e imovel.
A imobilidade em relaxamento, permite atingir os tecidos mais profundos, chamados Yin, ou seja tecidos conjuntivos, a rede de fáscia em todo o corpo, tendões, ligamentos e ossos.
É um alongamento a frio, sem nenhum comprometimento muscular (ou o mínimo possível), indo buscar uma flexibilidade mais aprofundada.
O Yin Yoga vincula a Filosofia do Yoga com a Medicina Tradicional Chinesa (MTC), pois cada postura tem como alvo os meridianos do corpo conectados aos nossos órgãos, que por sua vez estão associados a emoções definidas.
Considerada uma prática suave, ela acaba sendo intensa porque o desafio é ficar parado e relaxado em uma postura por um determinado período de tempo. E, sem distração, estar “cara a cara” consigo mesmo.
Esta prática ajuda a reconectar-se com a importância de parar e encontrar o equilíbrio na plenitude do ser, ao invés de estar constantemente fazendo, em ação.
O Yin Yoga é um convite para um mergulho fundo em si, para ouvir seus sentimentos e emoções. Oscilando no limite das próprias possibilidades e dificuldades, buscando conforto no desconforto físico, emocional, mental, através do silêncio e da quietude.
Um convite ao desacelerar, ao reencontro consigo mesmo, à introspecção e ao abrir-se para a transformação.